Due Diligence: Maior segurança e previsibilidade dos investimentos

 Em Estudos e Projetos, Negócios e Meio Ambiente

Na última terça (14), a Ferreira Rocha esteve presente em um treinamento de órgãos da ONU (Rede Brasil do Pacto Global da ONU e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), sobre Due Diligence em Direitos Humanos. O objetivo era promover os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos e conscientizar as empresas sobre o seu papel no respeito aos direitos humanos. No evento, abordou-se desde os impactos dos DH, avaliação, integração e monitoramento, até aspectos de comunicação e report.

O GT Direitos Humanos e Trabalho do Pacto Global, organizador do curso, discute o papel das empresas no que diz respeito aos direitos humanos em suas atividades, na cadeia de abastecimento e nas comunidades onde operam. Para nós ficou claro, por meio do treinamento e da experiência de nossos profissionais, que o aspecto positivo da Due Diligence contribui tanto nesse sentido quanto em todos os quesitos socioambientais de um empreendimento.

Analisar as questões relativas aos direitos humanos é mais uma camada para a realização de uma Due Diligence.

“A Due Diligence é uma ferramenta de suma importância para a tomada de decisão do empreendedor, pois a mesma permite ter em mãos um cenário realista dos riscos (fragilidades e oportunidades), bem como uma estimativa segura dos custos ambientais de um empreendimento. Para isto, é realizada uma análise aprofundada por diversos especialistas e de forma posterior são feitas diversas estimativas de custos e contingências as quais são modeladas de forma estatística. O resultado final possibilita ao empreendedor maior segurança e previsibilidade nos seus investimentos”, afirma o gerente da FR, Thiago Alencar.

 

Entenda a importância da avaliação ambiental

Uma avaliação ambiental pela Due Diligence é uma boa metodologia para a identificação de riscos e oportunidades e, assim, aumentar o sucesso do empreendimento. Além de mapear os entraves e custos que se pode esperar de processos de licenciamento e políticas ambientais, também se consegue projetar fragilidades e oportunidades – a curto, médio e longo prazo – que vão influenciar na tomada de decisão do empreendedor.

Essa leitura estratégica do projeto pode ser realizada em diferentes etapas ou situações em que está o empreendimento. Veja algumas ocasiões levantadas pelo evento em que seria importante realizar ou atualizar a avaliação:

  •        Antes de empreender nova atividade ou iniciar novo empreendimento
  •        Antes de estabelecer nova relação comercial
  •        Antes de adotar decisão importante ou mudança operacional
  •        Em resposta a mudanças no contexto
  •        Antes de encerrar empreendimento
  •        Antes de encerrar relação comercial
  •        Periodicamente, durante o ciclo de uma atividade ou empreendimento
  •        Periodicamente, em relações comerciais
  •        Periodicamente, em empreendimentos e projetos em andamento
  •        Sempre que os mecanismos de escuta da empresa e de diálogo com a comunidade identificarem riscos e violações aos direitos        humanos

 

Benefícios sociais e financeiros: análise de riscos

Em uma avaliação ambiental, todos os riscos relevantes são mapeados, é determinada sua importância, seu valor e, idealmente, quais medidas devem ser tomadas. Tais etapas são baseadas nas boas práticas de gerenciamento de projetos do PMI (Instituto de Gerenciamento de Projetos).

Tais riscos (fragilidades e oportunidades) são aqueles capazes de afetar o projeto quanto a custo, e/ou prazo, e/ou qualidade.

No escopo das ações ambientais, por exemplo, é necessário saber se tudo o que deve ser feito está sendo feito da melhor forma ou se corre o risco de, por exemplo: a) estourar o orçamento do empreendedor; b) atrasar o cronograma; c) prejudicar suas metas de construção ou até d) inviabilizar o empreendimento.

Vale lembrar que a análise do meio socioeconômico não é menos importante do que a do físico ou biótico. Todos eles apresentam aspectos que podem identificar alternativas que levem benefícios às comunidades, aos interesses do empreendedor e ainda fortalecem a atuação e a imagem dos órgãos públicos envolvidos.

Enquanto uma avaliação bem estruturada otimiza custos e prevê gastos, a falta dela pode causar problemas financeiros e crises de imagem para o investidor desavisado.

Com maior previsibilidade de expectativas, demandas e custos associados, o investidor também consegue ter uma ideia muito mais realista do empreendimento para onde vai seu dinheiro – e seu nome.

Ao calcular as chances de algum órgão ambiental pedir um estudo que ainda não se tem; a probabilidade de haver variação de preço na negociação de terras ou a possibilidade de ter que se fazer uma transposição de peixes não planejada na barragem, por exemplo, os custos podem ser calculados e as despesas, gerenciadas de forma muito mais eficaz.

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